Em tons de vermelho tingem-se meus olhos,
Aprecio o rancor que me proporcionas,
Doce alvo de suas garras fatais.
Tento me distanciar uma vez mais.
Presa em ramos espinhentos e chorando copiosamente.
Por que me atinges tão brutalmente?
Em casa chegas, lugar que outrora chamei de lar,
Tiras-me minha família, tiras-me o sono,
Levas consigo tudo que me foi valioso.
Em panos brancos guardo teu sangue,
De sorriso aberto me lembro da lâmina ao cercear-lhe.
Não me tome como monstro,
Sou apenas o fruto daquilo que você semeou um dia.
Eis a sua colheita.
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