A ponta da agulha
Desponta a pele pútrida
Aponta para o sul
Desaponta o velho tolo.
De ponta a ponta
Pela ponte adjacente,
A lua a céu poente.
Diz "olá" ao lobo contente.
Da ponta da agulha
O veneno escorre lentamente.
A velha com pés dormentes.
A lua a oeste, em poente.
Salve ao sol imponente!
Aí vem o sol nascente!
quinta-feira, dezembro 29, 2011
quarta-feira, dezembro 28, 2011
...vós ouvis?
...Sopra a fé imaculada dos pagãos,
No vento gélido que envolve-lhe a carne...
As profundas marcas das pegadas,
Deixadas pelos monstros da alma.
Achatam o coração, comprimem a emoção.
Não há mais camponesa enraizada.
Não há mais calmaria, ao soar a voz de sinos.
Não há mais refúgio ou morada.
Não há mais o sabor adocicado que deixam os sonhos.
Não há mais enlace arredio dos frios braços.
Só o costumeiro vento,
Só o costumeiro tremor,
Só o costumeiro amargor.
No vento gélido que envolve-lhe a carne...
As profundas marcas das pegadas,
Deixadas pelos monstros da alma.
Achatam o coração, comprimem a emoção.
Não há mais camponesa enraizada.
Não há mais calmaria, ao soar a voz de sinos.
Não há mais refúgio ou morada.
Não há mais o sabor adocicado que deixam os sonhos.
Não há mais enlace arredio dos frios braços.
Só o costumeiro vento,
Só o costumeiro tremor,
Só o costumeiro amargor.
quarta-feira, dezembro 21, 2011
Ao alvorecer.
Da lágrima do ontem,
Tenho ainda a sensação de dissabor.
O sorriso do hoje soa-me vagamente falso...
...Em contrapartida, mostra-se resistente.
Com cálices de lucidez,
Pranteio minha alegria,
E com tenras hóstias,
Alimento-me da encenação.
As cicatrizes e vidros quebrados permanecem,
Porém, é mais contente a vinda do porvir.
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